sábado, 29 de dezembro de 2012

O Contador de Histórias de plástico - Pt 2: O receio

Eu me pergunto se seria capaz de conceber histórias que não imprimam essencialmente características minhas, mas aspectos inventados, parcialmente alheios ao eu criador.
Sandra Lee Paterson me disse que um roteirista escreve sobre aquilo que conhece, e expressa em seus personagens muitas de suas próprias qualidades. Instintivamente, eu emprestei aos três personagens que criei nas minhas duas histórias inúmeros atributos da minha própria personalidade, pensamentos, gestos e diálogos. Mas imagino que o próposito seria fazer uso desses para gerar um ser diferente. Nova criatura? Eu sei que consigo empregar qualidades distintas além das minhas, mas temo que no fim todos eles soem como diferentes faces de mim. Ou haveria vantagem em contar a mesma história do cara esquisito, insocial e inseguro que segue em busca de uma realização significante, de um sentido pra vida e de se sentir parte de algo?

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