Direto do Clube dos Amargurados, o personagem do Arthur Tadeu Curado no espetáculo Canção pra dançar sem par tenta se convencer dos prejuízos do amor, disparando pérolas como:
- O coração é uma convenção social. O coração não existe.
O monólogo do recém largado é um misto de auto afirmação, questionamento de mundo, carência afetiva, abstinência sexual, descontrole, pânico, amor e saudade. Adorei o texto da Andréa Alfaia, que flui muito próximo do público (e cheio de referências cíclicas), e a complexidade do personagem, que é nada mais que a loucura que há em tantos de nós.
E duas coisas mais me impressionaram: a montagem da peça, elaborada, inteligente - embora em um cenário simples - e a atuação do Arthur, que, com expressões e entonação tão marcantes, me fez sentir as dores e os amores do personagem na pele. Em certos momentos eu não sentia o mundo ao meu redor, porque estava preso na mesma rede de angústia.
Comentei que iria ver, e repito o serviço: Canção pra dançar sem par é mais uma peça do teatro brasiliense que me fez sair da sala bastante contente pela oportunidade.
Em cartaz só até hoje, 16/5, às 20h na Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. Quem é (bonito) esperto e está em Brasília tem que ir ver.

Fotos by Raphael Herzog chupadas do blog do Arthur.
obrigado!
ResponderExcluirImagina! Agradeço eu, mais uma vez. pela inspiração, pela reflexão, pelas risadas, pela emoção.
ResponderExcluirTá bonita a foto nova do blog.
a gente se fala.
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