sábado, 5 de setembro de 2015

"Dance or go"

Essa foi uma semana difícil. Daquelas em que os seus maiores planos se despedaçam à sua frente e, do vale de sua impotência, lhe resta nada senão chorar.

E eu chorei. Reassisti Minha vida sem mim e chorei bem, bem mais. Esse é daqueles filmes que você só deve rever, sei lá, a cada vários anos. Choro de soluçar. E eu precisava soluçar naquela noite de quarta-feira, 02 de setembro. Quando meu plano se desfez diante dos meus olhos marejados, transbordantes, oceânicos. E nada pudia fazer, só assistir a desgraça se pôr feita à minha frente, como um prato amargo que eu era, sobretudo, obrigado a engolir.

Engraçado, né. Meu filme fala sobre isso, essa coisa da vida de ir e tombar os nossos planos, trazendo outros como bem quer. Eu aprendi essa lição vez e de novo, escrevendo, produzindo, gravando e assistindo ao filme. Vez e de novo eu aprendi que a vida tem disso, de mandar nos nossos sonhos e recalcular nossos trajetos como um GPS safado. Ainda assim, quando acontece de novo, a gente sofre a queda, rala os joelhos bem feio, e as mãos, e o orgulho, e a vontade de seguir. E a esperança se esvai. Por uma noite, ou mais.

Tirei um joelho do chão. Vou me apoiar onde puder, até me erguer deste solo pedregoso. Preciso acordar deste transe e reaver minha consciência, pra lembrar que eu não pertenço a este chão. Mas ainda dói pra levantar.

Esta música me ajudou a colorir um pouco o restante da semana, ainda que com os tons escuros de azul e vermelho do videoclipe; tons de tristeza e paixão mesclados. Ah, mas que bela melodia!


Um comentário:

  1. Olha... confesso que eu ando levando umas rasteiras bem dadas pela vida nos últimos anos, toda vez que eu acho que vou tirar a cabeça do buraco, descobro que não... "a arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não"!

    Tem uma coisa que meio que me consola! Em outras oportunidades, sempre que acreditei estar perdendo muito ou que achava que estava perdendo a oportunidade de uma vida, um tempo depois descobria novas oportunidades que de certa forma marcaria os rumos da minha vida. Bem verdade que isso ainda não deu muito certo no campo "amoroso", mas estamos contando com a mágica.

    Tá, ficou meio papo de auto ajuda, mas confia e bora levantar e tentar de novo! Uma hora a gente acerta!

    Abraço grande para você.

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