Tem um bom tempo, meses, que eu tenho tido vontade de escrever, mas tem me faltado o 'sentar e escrever' de fato. Tentando aliar a rotina aos novos hábitos e aos prazeres antigos, a escrita foi ficando mais escassa e rascunhada apenas nas ideias. Mas não me culpo; dois mil e dezessete foi mesmo um ano de plantio, de investir no que virá.
Mas eu insisto em marcar o fim das coisas, e voltar aqui antes de virar o tempo era preciso. Neste ano, me propus a ver menos filmes e ler mais livros, e consegui: cento e cinquenta filmes e lendo o sexto livro. Trabalhar bastante, conhecer o Sul do Brasil, fazer amizades, cuidar do corpo - todos alcançados, em algum nível. No entanto, o maior êxito deste ano foi o de finalmente começar tratamento psicológico. Meu grande sucesso, que em princípio achei que eu tivesse demorado demais na vida para providenciar, mas que no fim das contas veio em hora certa, tal como era pra vir. Dei sorte de encontrar uma ótima aliada para me acompanhar e me ajudar a abrir os olhos para mim mesmo. Pude entender que o meu lado fraco e fragilizado não precisava ser eliminado, mas que - pelo contrário - carecia de zelo e confiança para ganhar a força com que é capaz de se munir. Quem diria?
E os planos... a minha angústia por idealizar está aos poucos tomando seu lugar sob minhas rédeas, e sigo cada dia mais capaz de planejar com equilíbrio, e me adaptar às curvas de estrada. Este último semestre foi mesmo campo de semear vontades, visando sorte boa no ano par que nos espera. Nesses seis meses, eles foram se ajustando, e até mesmo se transformando, e, para minha surpresa, eu soube abrir as mãos aceitando cada mudança e me preparando de acordo.
Aliás, está aí outra grande conquista, a que desencadeou este tempo de progresso: me abrir e dizer sim às possibilidades. É o que tem fundamentado a lapidação da autoestima e da porção de mim que custava em achar seu lugar: dizer sim primeiro, depois ver no que dá. Há muito a ser trabalhado ainda, mas finalmente iniciei uma jornada que tem mudado meu curso a rápidos passos.
Este ano foi o meu casulo. Como diz minha Psicóloga, eu sou uma borboleta afoita para voar alto. Venho sentindo algo semelhante à antecipação que sentia às margens da minha mudança para a Austrália, aquele medo empolgante e arrebatador que coloriu meu 2011.
Sinto que 2018 será meu ano de voar.
Um ótimo novo ano pra você! Que seja um novo tempo!
Confesso que estava sentindo falta das postagens, rs, mas fico contente que voltou pra "fechar" o ano. É um dos poucos blogs à moda antiga que ainda tenho o prazer de ler...
ResponderExcluirQue seja, então, um ano de muitos voos! Já dizia Mariah, "spread your wings and fly butterfly..."!
Feliz 2018! <3
Voltei, eu não consigo não fechar o círculo! Obrigado pelo prazer em ler e voltar por aqui!
ExcluirSábias palavras de Mariah! Seguirei o conselho! Novos e belos sonhos pra você, e que 2018 seja espaço para ve-los reais!
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