E parece que eu acordei um dia, fui trabalhar e, quando dei por mim, o dia tinha durado seis meses e eu mal parei nesse expediente. Pareceu ser um daqueles dias em que você pensa "hoje eu vou sair mais cedo, aproveitar o dia pra fazer coisas novas, por outras em dia", no entanto, o trabalho prossegue e você junto e, quando vê, já se foi o sol, e o dia, e você ficou no escritório até mais tarde. Nem comeu direito.
Na falta de planos e de estâmina, eu foquei no labor. E, veja, fiz um bom trabalho, foi ele que não fez um bom eu. Agora tô aqui, na metade; enquanto rascunho à frente, marco os feitos atrás – tudo a lápis. Aqui, no meio do caminho, onde reside o empecilho, onde há uma pedra, uma vírgula, um plano sem planos, um rumo desbussolado, óculos sujos e a esperança, que não morre, mas sofre de ansiedade.
Mas enquanto não há norte, freio, bifurcação ou sorte, ou mapa, oasis, ideia ou disparo, eu trampo, eu laboro, eu trabalho, eu não paro.
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