Eu sabia que, no meu tempo curto de visita a Floripa, eu precisava me dispor a um momento de reflexão. Nestas férias eu precisava reajustar as ideias, encontrar alguns nortes, pensar. Mas essa viagem estava preparada para mim muito mais do que eu estava para ela. Eu só tive que chegar lá.
Como disse antes de embarcar, eu aprecio o compromisso de viajar sozinho. Desta vez, porém, estava com um leve receio quanto à minha falta de planos, e o que isso poderia significar no esquema maior de "aproveitar ao máximo". Mas tudo foi se desdobrando numa viagem a lugares lindos e também a camadas interiores que eu precisava acessar. Eu não tinha ciência do quanto eu precisava de tudo o que encontrei em Floripa – e pelo mais lindo acaso.
Acabei conhecendo pessoas sensacionais e tendo oportunidades que jamais teria planejado sozinho, e o único preço foi me abrir, o que me é naturalmente difícil. A verdade é que por vezes me surpreendo com o quanto isso é menos desafiador do que eu costumo enxergar, desde que o acaso também faça sua parte em me colocar diante das pessoas certas, no lugar e tempo certos. Logo na minha primeira noite na cidade, já conheci uma pessoa incrível, que, com muita hospitalidade e boa vontade me levou para conhecer cantos lindíssimos, não só na ilha, mas ainda na Serra Catarinenese, um passeio que ficou carimbado na minha memória. Nestas escapadas pude reajustar meu foco um pouco, mas foi mesmo nas nossas conversas que tive a sorte de fazer reparos na minha compreensão de tudo, mas principalmente de mim mesmo. Embora só me conhecesse há 3 dias, o Luís pode fazer uma leitura precisa da minha pessoa – e uma que eu necessitava ouvir. Ele me assegurou de que sou um rapaz incrível, atencioso e interessante, e listou tantas outras qualidades, assinando com o apelo de que eu não me desvalesse ou esquecesse de minhas qualidades. Nunca.
Floripa tem um astral que me atraiu bastante. Tá nas ruas, nas pessoas, nas belíssimas praias e outros pontos naturais que atraem os olhos de quem mora ou passa pela ilha. Floripa pra mim foi não só um lugar ou uma viagem, mas um espaço de tempo, uma sorte de oportunidades, um jogo de acasos. Que eu precisava demais, mesmo sem saber!
Desde que fui para Floripa pela primeira vez me vi encantado pela atmosfera da ilha, e desde então volto todo ano para lá.
ResponderExcluirQue bom que você conseguiu se abrir..
e viajar sozinho de forma a se conhecer mais!
Abraços
Hey Léo, quanto tempo!
ExcluirEu sempre, SEMPRE quis conhecer as belas cidades do Sul do país, e neste ano tomei a decisão acertada de finalmente me permitir os meus desejos, e até agora tem sido experiências incríveis. Mas em POA tive uma estadia curta e estava acompanhado e com a ajuda de outro amigo, local, que me trouxe um guia completo de coisas pra fazer. Desta vez em Floripa eu tive que me virar sozinho até não precisar mais estar sozinho, porque as coisas me foram acontecendo. As pessoas me foram acontecendo, de forma maravilhosa! Me mostrou que não preciso ter medo do contato! É maravilhoso o que pode acontecer. E sim, a Ilha tem um quê especial. Já procurando passagem pra voltar :)
Abraço!
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