eu, 1989 |
Eu me lembro de quando percebi que duas pessoas da minha trindade começaram se fundir. Explico.
Ao passo que comecei a escrever por aqui, 15 anos atrás, fui me entendendo como fragmentado em 3 eus: o Wando, eu natural, nascido, registrado e resultante de um período formativo marcado por vários traumas; o Joe, eu reconhecido dentro da minha cabeça, ali pela adolescência, como subterfúgio, como escape e sobrevivência, o eu ativamente real no mundo; por fim, o Benin, eu projetado, aquele que eu idealizava e sonhava em me tornar, minha versão mais evoluída e madura.
Retomando, um tempo atrás comentei que, avançando no longo processo de autoperceção, Wando e Joe me pareciam cada vez mais mesclados, como se o eu do agora, que mais se entende como eu, estivesse finalmente trazendo pelas mãos o eu fragilizado do passado rumo à luz, assim formando uma dupla, mais fortes para as lutas da vida.
eu, 2018 |
É especial que essa reflexão se faça clara hoje, no meu aniversário, agora 37 anos completados, em que inicio o meu ano da Justiça, segundo as cartas do tarô. Este é um novo tempo de receber o que é meu por direito, colher frutos do que trabalhei - fora e dentro de mim - para conquistar, tudo aquilo que é de importância para mim. Hoje também faz 10 anos que voltei de Sydney. Tempo, ele dá mesmo conta das coisas. Qual é o melhor exercício do aniversário de vida, senão esse de fazer uma sinopse reversa e se maravilhar diante do que se viveu, chorou, sorriu, aprendeu? Melhor do que isso, só compartilhar dessa alegria com quem a gente ama e quer ver a gente alcançar a plenitude.
eu, 2023 |
Eu nadei muito pra chegar até aqui. Parabéns, Joe Wando Benin!
Nenhum comentário:
Postar um comentário