quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Eu sobrevivi (ou quase) ao 26 de setembro de 2013



Passei um ano trancado dentro de mim, atado sem conseguir mudar de humor - que não fossem transições rápidas, e ainda assim, raras. Quando vi que o abismo havia sido instaurado, tentei me concentrar no que havia ao redor, procurando ânimo nas oportunidades. Mas nada parecia funcionar? Tudo estava fora de eixo; cheguei a me assustar, quando desisti de tudo. Aquela lista mental de 'coisas que eu preciso fazer antes de morrer', até dela eu abri mão, pensando "já nem me importo, só quero o fim disso tudo". Não tinha a quem pudesse recorrer, e nas poucas vezes que tentei, não ouvi conselho melhor do que "você precisa sair dessa" e afins. A intenção era boa, mas pouco se pode opinar sobre o que não se entende, e eu não podia explicar.

Foram oito meses preso; sozinho, com vontade de me implodir pra escapar do desconforto emocional que já evoluíra para uma inquietação física, tamanha era a dor. Daí, um dia, eu "saí dessa". Era o estalo, a chance que eu esperava. Comecei a cicatrizar por dentro à medida que o ânimo se refazia, porém sabia que o tempo sozinho não funciona como remédio de longo prazo. Apesar da minha mania de sempre esperar passar, seja gripe, garganta inflamada ou... isso.

As coisas são cíclicas. Não demorou muito, a memória foi resgatar as lembranças, e os sintomas voltaram. E eu ainda não consigo explicar...


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