Tudo que eu sei sobre o amor, eu aprendi assistindo. Não foi ouvindo histórias dos meus avós. Não foi vivendo e aprendendo. Foi mesmo na tela, vendo como amor brota, amadurece, perpassa conflitos e chega a um fim eventual. Eu sempre assisti ao amor, com olhos de cobiça.
Aos doze anos eu me apaixonei pelo meu professor e, desde então, amei tantos outros. Até perceber, no auge dos meus vinte e seis, que não. Não era amor.
O amor é um sonho de mão dupla, disse Björk, lá em 1997. Eu é que demorei a escutar. Todos esses anos, não era amor; era uma força que seguia em uma direção, sem encontrar a outra ponta e sem fechar o círculo. Ta aí, o amor é um círculo que começa aqui e junta lá e quando se fecha, não há mais fim ou começo. Sem fechar o círculo, só resta uma linha com duas pontas, que, na falta de utilidade, a gente usa pra pular corda, sozinho. Eu acho que é isso.
Por isso que eu sou magro. De pular corda.
I really don't know love, at all... |
Linda reflexão! É engraçado, mas as suas palavras expressam exatamente o que eu sinto.
ResponderExcluirAcompanho seu blog já tem um tempo e gosto muito quando você posta algo por aqui! Abraços!
@William: Obrigado, fique à vontade para visitar.
ResponderExcluirTudo de bom,
[j]
Olá, Rapaz! Não conhecia o seu blog, mas do pouco que li, zapeando entre uma postagem em outra, gostei muito. Você se expressa de modo claro, e faz analogias e metáforas interessantes. Esse post me tocou profundamente, já na primeira frase "Tudo o que eu sei sobre o amor, eu aprendi assistindo". Eu diria que eu também releguei à observação das experiências alheias, reais ou ficcionais, muito do que a maioria das pessoas parece aprender no calor da batalha, na experiência, vivendo. Além disso, a ilustração com a imagem da Emma Thompson, de Love Actually, fez o post ser ainda mais incisivo. Essa cena, embalada por Johnny Mitchell é linda, apesar de triste. Bom, parabéns pelo blog, vou segui-lo.
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