Ontem tive insônia, o que me deu a chance de pensar afundo em algumas coisas que me incomodavam nos últimos dias. Eram ainda os efeitos da última rejeição, que eu já vinha refletindo sobre como reagir, e ontem, com a mente inquieta, achei produtivo dar espaço. A minha ideia era propor uma comunicação final, dar um fim apropriado às coisas, mas não achava uma execução dessa ideia que pudesse fazer sentido pra outra parte involvida, ou que atingisse o objetivo – sequer conseguia objetivar o plano, parecia sem propósito. Comecei a desenrolar uma linha simples de raciocínio, que então parecia justificar, trazer alguma razão às coisas, parecia ter a parcimônia e a gentileza e a humildade que eu buscava, e também a maturidade. Senti nas vísceras, era isso, e me dei a permissão: vai lá, diz o seu.
Mandei uma mensagem de voz, sem expectativa de resposta na hora – ou alguma sequer. Fez bem dizer aquilo, de imediato a consciência ficou clara. Consegui que o meu Adulto tomasse voz, e me pareceu que essa minha inquietude diante da rejeição era, enfim, legitimável, e não apenas sinais de uma Criança Rebelde reativa: isso de querer ir atrás e achar uma resolução, que me é natural enxergar como fraqueza, factualmente pode ser uma tentativa de trazer o Adulto pra conversa e concluir. Essa conclusão, de que tantas vezes me privam; só quero ir atrás e findar. Porque eu só quero é paz, e essa realização me trouxe um punhado de paz. Olha aí, esse tempo todo, eu tava amadurecendo e nem vi. Hora de caminhar mais firme e me dar mais crédito.
Boa sorte! E se cuida.
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