(Risos) Lembra como era enxergar as coisas mais claras, os olhos semicerrados ao brilho do lado positivo que em tudo há? Como era ver a energia do universo fluir entre nós, como ondas.
Olha, se ano passado as trapaças psicológicas que rodeiam o meu quinze de março não me pegaram, neste ano não teve jeito. Equilíbrio é tudo.
Eu tô num mar ermo, cercado de um corpo pesado de águas de março, torcendo por uma boia e um bote. Zonzo das ideias, incapaz de enxergar o horizonte ou direção ou sentido. Não sei ainda o porquê, tô processando, e a terapia é só na sexta.
A SZA tem sido, nos últimos anos, a artista que mais fala por mim, e o recém-lançado S.O.S. me caiu como salva-vidas. Escuto num loop maior que a volta da terra. Dentre as tantas faixas, relacionáveis demais, tem essa aqui, Blind. Diz algo assim:
[ Refrão ]
É tão vergonhoso,
tudo aquilo que eu preciso
está dentro de mim,
e eu não consigo ver,
é tão embaraçoso,
todo o amor que eu procuro
vive dentro de mim,
eu não enxergo, estou cego.
Essa música me abraçou e me engoliu como um oceano impiedoso.
Happy birthday, Joey! Feliz trigésimo sétimo.
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