Mais do que nunca, como civilização, é fundamental entendermos a importância da História, saber olhar os movimentos do passado. Estão aí os fatos, que não me deixam passar por mentiroso, nem exagerado.
Aniversário em quarentena tem esse efeito estranho, como se o evento
tivesse a opacidade alterada e se perdesse numa névoa no tempo; tem
gosto estranho, amargo, de borra, de escuro, de medo. De todo modo, eu
precisava vir carimbar o marco dos anos, que já são 12, número
cabalístico. Doze anos já são mais que um terço da minha vida. Terço é
outro que se repete por aqui com frequência.
Doze invernos neste endereço, morada minha, e tanto cresci escrevendo aqui; cruzei uma ponte entre o pós-adolescente e o pré-homem-feito. Ainda que a blogosfera tenha sido abandonada, como terra infértil, eu fico. Aqui está guardado um punhado e meio da minha história – que eu sei o quanto é valioso relembrar, aprender, respeitar. Ainda hoje releio e sei o que pensava, sentia, o que queria dizer e o que queria ouvir.
São doze oito-do-oitos. Não vou florear muito desta vez, pois sinto que já disse coisas lindas pra marcar o meu carinho para com o correr dos ciclos que eu volto, perseverante, a circundar neste lugar. Doze anos neste canto, aconchego meu. Benin, querido.
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