Declarei que precisava olhar para dentro e buscar a luz – não no fim do túnel, mas no princípio de tudo – e as palavras se puseram a valer mais que mera prosa. Eu tinha mesmo que me escutar, me sentir, me degustar, responder aos meus anseios, me entrosar naquela interseção pessoal que eu bem sei conversar.
Na terra do Sol, eu trupiquei nas sombras do canto escuro. E então me levantei, circundei tateando as paredes de areia e sal, os pés tortos se endireitaram, e o feixe de luz raiou, cegante.
A plenitude é o agora que a gente busca, incessante – e ela reside em treva e luz. Do inglês, light traduz-se como:
luz - o que, iluminando, torna as coisas visíveis; energia luminosa; claridade; fulgor; o que ilumina o espírito;
leve - que tem pouco peso; ágil; de fácil digestão; não opresso.
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Dez anos exatos voaram desde aqueles primeiros raios de sol cortando o céu alternado de edifícios do centro de Sydney, na manhã gloriosa da minha estreia na cidade... Dez anos daquela energia que me iluminou os passos e o espírito.
E hoje, dez anos adiante, passados breu e caos, angústia e inquietude, eu girei a chave em 180º, e fez-se a luz. Eu vejo o que é bom pelas entrâncias e ranhuras do que é ruim. Eu aceito com ternura e sorrio ao sucesso e fracasso. Na Revelação, me desenvolvi à minha imagem.
Celebrando datas, ciclos e luzes, hoje inicio um novo projeto: do blog, nasce um podcast; da caixa de cartas, surge um gravador de voz – uma real extensão do que eu há tempos faço por aqui, manifesto as ideias, escuto, reflito, evoluo. Hey, Benin!
hey, Benin Podcast, disponível nas plataformas digitais.
Sê luz. Sê leve.
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